Olhão [Portugal], 25.05.2009, Semana 22, Segunda-feira, 14:22 - O até agora homem forte da EADS (Aviação e Espaço), Rüdiger Grube, de 58 anos, é o novo CEO da DB Deutsche Bahn, ou seja, a estatal e principal operadora ferroviária da Alemanha. Grube, tem um passado ligado à indústria dos transportes, pois antes de estar à frente da EADS (desde Abril de 2007), que é o grupo que detêm a Airbus, concorrente da número um mundial, a norte-americana Boeing, no que toca à aviação comercial e com interesses no ramo aeroespacial, foi também antes, um dos executivos da Daimler-Benz, neste caso, já no ramo automóvel.
Com a assinatura (no passado dia 25 de Abril) de um contrato de 5 anos, com início em 1 de Maio deste ano, Grube vai suceder a Hartmut Mehdorn, que estava no cargo desde o final de 1999, e que resignou ao mesmo, no passado dia 30 de Março, depois de uma forte polémica, pois a sua administração foi acusada de durante os anos de 2002 e 2003, ter espiado mais de 150 mil colaboradores dos 220 mil que completam o quadro de pessoal da DB, numa perspectiva de anti-corrupção.
Mehdorn, que tinha contrato até Maio de 2011, ficará na história da DB, como tendo sido um dos presidentes mais modernistas, conforme já tinhamos noticiado (ver News Release 625), seja na perspectiva de imagem corporativa da DB, assim como no estreitamento de relações com a UIC, de que foi grande apoiante.
Sobre o ponto de vista da LUISFER, iremos acompanhar o mandato de Rüdiger Grube, deixando um pequeno/grande reparo, que é o de, estarem à frente das empresas ferroviárias, pessoas que desempenharam outros cargos nos outros modos de transporte, numa promiscuidade sempre condenável (sempre mais negativo do que positivo), que outros quando saiem ou entram, afirmam de quem lhes precedeu no lugar, como existem vários exemplos. Por isso mesmo e pensamos estar certos, nunca deixamos de pensar, que à frente das operadoras ferroviárias, devia estar "sangue" da casa, ou não se verificando essa circunstância, a tutela convidar quem é ferroviário a 100%, dando uma garantia de servir a causa na perfeição e não por oportunidade de progressão (partidária) numa carreira, como muitos, que tanto podem estar à frente de uma empresa ferroviária, ou de um hospital, ou depois ainda, à frente duma fábrica de sapatos, por exemplo. Esperemos que Grube, não traga os vícios da aviação comercial ou da indústria automóvel, que existem, como é óbvio, naquilo que tem de mal, para o seio da DB, que teve a dirigi-la, sempre grandes presidentes.
Créditos: Pela foto, agradecimento à Daimler-Benz / For photo, thanks to Daimler-Benz.
Luís Moreira
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